O meio ambiente e suas alterações durante a quarentena
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O meio ambiente e suas alterações durante a quarentena

Ontem, 22 de abril, foi o dia oficial do planeta Terra. A data representa a luta em defesa do meio ambiente, promovendo a reflexão sobre a importância do planeta e o desenvolvimento de uma consciência ambiental. Com isso, um caso a se pensar: será que o isolamento social está salvando o meio ambiente?

Uma questão forte, inadmissível em muitos casos, mas não podemos ignorar o fato de que desde o começo da quarentena e do esvaziamento das ruas, o ar ficou mais puro, a poluição diminuiu e os animais voltaram a aparecer. O céu está limpo e muitas águas tornaram-se cristalinas. Uma imagem de um mundo quase saudável, mas até quando? Com o excesso de carros e ônibus, por exemplo, a poluição em uma cidade grande como São Paulo é assustadoramente grande, mas o avanço da pandemia e a quarentena obrigatória trouxeram mudanças ao meio ambiente. Conforme os países ao redor do mundo fechavam fábricas, lojas e tiravam os meios de transportes das ruas, a emissão de poluentes gradualmente diminuiu. Na China a liberação do NO2, um gás poluente, despencou 25% entre janeiro e fevereiro, quando mais de 40 milhões de pessoas já cumpriam o isolamento. Na Itália, as águas turvas do canal de Veneza agora estão completamente cristalinas e os cisnes, que antes quase não eram vistos, voltaram a aparecer. Na Índia a redução da poluição resultou na visibilidade das montanhas do Himalaia, que também não eram vistas há quase 30 anos. A Bahia de Guanabara, no Rio de Janeiro, está novamente limpa e moradores filmaram tartarugas nadando próximas a margem. É como se pela primeira vez o mundo estivesse limpo, livre, respirando. Por outro lado, apesar da limpeza do ar e das águas, a pandemia do Covid-19 tem influenciado no aumento do desperdício de lixo hospitalar e do consumo de eletricidade, que também representam grandes ameaças. Essa imagem de um mundo afetado pela pandemia mostra que ainda não chegamos nem perto de estarmos preparados para as várias crises futuras, como as ambientais. E que se não começarmos a tomar grandes decisões, nunca estaremos prontos para salvar o que ainda nos resta para ser salvo. Essa melhora no meio ambiente deve ser encarada como uma ponta de esperança para que a luta pela sustentabilidade finalmente seja mais forte para uns e que desperte conscientização em outros. Se vamos combater o Coronavírus, também devemos combater os males ao nosso planeta. É um momento para imaginarmos uma Terra melhor, livre de qualquer poluição e degradação. Um momento para colocarmos a cabeça no travesseiro e imaginarmos um quadro no qual o meio ambiente está intacto e o ser humano permanece em evolução, mas aprendeu a respeitar. Um momento para salvarmos o que temos de melhor, de mais puro e que nos torna mais humanos. Para verdadeiramente sonharmos, mas sempre com o pé no chão e com a certeza de que podemos conseguir.


Por Isabella Procópio Ribeiro

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